O meu nome completo é: Luís Filipe Pereira Simões, nasci em Lisboa no dia 29 de Setembro de 1985, na Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
Nesta altura em que nasci os meus pais vivam no Algueirão, mas após eu nascer eles mudaram-se para Lisboa, pois nessa casa embora mais pequena mas estava-mos mais próximo do local de trabalho deles e da minha escola e da minha irmã, pois no Algueirão tinhamos de sair muito cedo de casa.
Vivi com os meus pais em Lisboa até Setembro de 1995, nessa data o meu pai já se encontrava reformado e como Lisboa não é uma cidade com boa qualidade de vida, o meu pai resolveu ir viver para o Baraçal que é uma aldeia no Distrito da Guarda de onde eram naturais os meus avós paternos e eu como gostava era de andar de bicicleta e jogar a bola, resolvi ir com o meu pai, pois lá poderia ter a liberdade que em Lisboa era impossivél ter, na altura até fiz uns exames para ir para os pupilos do exército, mas dei como preferência ir para o Baraçal na companhia do meu pai.
Ao decidirmos irmos viver para o Baraçal fomos viver para a casa dos meus avós, que é uma casa muito grande onde só já vivia a minha avó, pois o meu avô era uma pessoa com dinheiro e muito conhecida no cencelho, o meu avô faleceu da 30 de Novembro de 1985, após ter vindo a Lisboa felicitar o meu nascimento.
Até a esta data frequentei em Lisboa a escola primária, que conclui com aproveitamento, ao chegar ao Baraçal, fui frequentar o ensino preparatório na escola C+S Sacadura Cabral, que fica na vila de Celorico Da Beira, que fica a 10 km´s do Baraçal.
Aí fiz muitos amigos dos quais ainda hoje continuam a ser os meus AMIGOS, comecei nesse mesmo ano, 1995 a jogar futebol num clube distrital onde o meu pai também já tinha jogado onde fui bem acolhido por toda a gente, pois o meu pai para além de ser o meu idolo em todos os aspectos era também um exemplo de jogador e era com ele que eu me tentava identificar.
Fui crescendo naquela aldeia onde todas as pessoas gostavam de mim embora um pouco reguila e quando eu fazia das minhas brincadeiras marotas, lá iam bater á porta da Dª Clarinha que era a minha avó e faziam as queixinhas todas, depois a minha avó vinha-me repreender e eu dizia: “oh avó, mas tu acreditas nessas velha quadrilheira que não fazem nada só sabem falar da vida das outras pessoas?” e ela depois ficava na duvida de em quem devia acreditar, e eu la ficava todo sucegado com carinha de anjo mas com corpo de diabrete.
Assim se foram passando os anos, de 15 em 15 dias vinha a Lisboa visitar a minha mãe, que é uma mulher muito bonita, mas que temos feitios muito diferentes e chocamos muito, mas també a amo muito e a minha irmã que é mais velha que eu e també é muito bonita “ é de familia”, eu fui estudando em Celorico, onde o meu pai todos os dias, ou pelo menos quase todos me ia deichar e ia buscar a escola, pois o trabalho dele assim o permitia, também fazia o mesmo nos meus treinos de futebol e nos jogos, pois para mim a presença dele era fundamental para a minha motivação.
Em 2000 para nosso próprio bem estar, o meu pai construiu a nossa casa, onde eu passei a minha adulescência, casa esta que eu não abdico por nada, pois participei na construção dela e vi desenvolver todo o projecto, ai sim tivemos o nosso espaço e tudo começou a correr ás mil maravilhas, pois na casa dos meus avós no verão tinhamos sempre lá os meus tios e era sempre umas grandes confusões e ao mesmo tempo a nossa ida para o Baraçal também não foi de todo o agrado da minha avó, pois o meu pai não era o filho querido dela, ao termos a nossa casa tudo mudou, ainda hoje é o sitio em que mais gosto de estar, pois tenho lá todas as minhas recordações de infância, adolescência e o meu PAI.
Neste mesmo ano, o meu pai ofereceu-me uma coisa que tanto queria, a minha MOTA, foi após os meu anos, um dia em que eu me tinha sentido muito mal disposto na escola, o meu pai vai-me buscar, ao chegar a casa eu vou para o meu quarto para me deitar e o meu pai chama-me e diz :”vem à cozinha que vou fazer um lanche para ti”, quando vou na direcção da cozinha vejo a porta da garagem aberta com a mota lá dentro, passou-me logo a má disposição, ate já ia andar de mota com as pantufas de casa, foi um momento d muita alegria, pois já esperava por aquele momento há muito tempo.
O meu pai oferceu-me ali um pouco da minha liberdade e sempre confiando em mim e na minha maturidade, pois eu ao minimo deslise ficava sem a mota e sabendo disso sempre me portei bem ou pelo menos sempre dentro do que achava que estava em segurança.
Lá andava eu sempre na mota para todo o lado e os meus amigos a chorarem-se que também queriam uma mota e diziam que eu era o filhinho do papá.
Em 2003, estando eu a frequentar o 12º ano de escolaridade, fui estudar para a Guarda, pois em Celorico não havia a disciplina de Física e eu também queria mudar de ares, pois eu era reguila e como toda a gente já me conhecia preferi ir para outro local onde também já tinha amigos.
Realmente não aproveitei bem essa oprtunidade que o meu pai me deu, nesse ano fiquei a dormir durante a a semana na Guarda e só vinha ao fim de semana a casa, perdi-me nos estudos, pois nesse ano só queria saidas á noite e em 2º plano ficaram os estudos, no meio do 2º periodo fui sincero com o meu pai expliquei o que estava a passar e disse-lhe que se não conseguisse levantar as notas até ao final do 2º periodo que ia deixar de estudar, pois ja não se justificava o investimento que estava a fazer em mim, e assim foi não consegui levantar as notas, o meu pai ainda insistiu para que fica-se, pois ele sabia que quando eram os exames eu aplicava-me sempre e lá me safava, mas eu disse logo que naquele ano já não dava mais e ele ficou muito triste comigo, mas deu-me o valor de ter sido sincero co ele e não ter deixado arrastar mais a situação.
Em Abril de 2004 volto para Lisboa, pois já que não estava a estudar tinha que saber o sabor do que era trabalhar, porque isto de ser filhinho do papá é enquanto fazemos para merecer, se não fizermos temos de savber o que a vida custa e assim foi, vim para Lisboa, comeceia atrabalhar num Call-Center em que me iludi com meia duzia de trocos, voltei a inscrever-me na escola mas como esses trocos me davam para o gasto voltei a colocar a escola e 2º plano.
Depois troquei de empresa, com uma proposta mais tentadora mas apenas durou 6 meses, fui despedido e fiquei a vivver do subsídio de desemprego, foi ai que eu parei para pensar e vi que realmente sem estudar não somos nada e inscrevi-me no curso efa de tecnico de contabilidade.
Com esse curso pretendo e estou mesmo determinado a entrar na faculdade, para que possa ter um futuro melhor e sem esta instabilidade que vivi neste ultimo emprego que tive e também pretendo que os meus pais se orgulhem de mim, pois sempre me deram tudo e eu sei que isto os irá deixar felizes e orgulhosos de mim.
Neste momento estou a viver em Lisboa, sempre que posso volto á Beira Alta para estar com os meus amigos, com o meu Pai e na minha casa que tanto adoro, espero no futuro poder regressar onde cresci e tive a minha juventude, pois e de lá que as melhores recordações da minha vida.
Espero também ainda ir a tempo de poder desfrutar da velhice do meu pai tal como ele desfrutou da minha infancia pois dizem que os velhotes são umas crianças grandes, mas o meu futuro, só o tempo o dirá.
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